O Papel do Educador Musical na Educação Infantil

Resumo

Este artigo tem como finalidade a reflexão sobre a importância do educador musical na educação infantil. O estudo foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica, buscando analisar como é introduzida a educação musical, na educação infantil. Sabe-se que a música é muito importante para o desenvolvimento das crianças nessa faixa etária, pois as crianças tem muita facilidade em memorização e a melodia auxilia nesse momento. O educador musical tem muita responsabilidade nesse sentido, porque ele é o mediador que vai incutir essa vontadede aprender por meio da música na criança, tornando a aprendizagem mais prazerosa. Há muitos desafios a serem enfrentados por esses educadores, e a necessidade de se atualizarem frente à sociedade contemporânea é fundamental. Esse trabalho ainda foi pautado nas pesquisas de autores como: JEANDOT (1993); NÓVOA (1997) e PENA (2007), entre outros. Ao estudar as práticas apresentadas por esses autores, pode-se perceber que a linguagem musical é um elemento cultural que contribui muito no desenvolvimento da memória, da percepção e do pensamento infantil. As escolas particulares tem uma preocupação maior em introduzir a educação musical, contando sempre com um profissional dessa área, mas a escola pública é muito carente nesse sentido, havendo poucos profissionais dessa área, e que, realmente gostam de trabalhar com música. O ensino de música pode se tornar efetivo se as práticas musicais forem significativas para as crianças e priorizarem o seu desenvolvimento.

Palavras- chave: Alfabetização; Música; Aprendizagem.

Introdução

Este artigo será um estudo voltado para a forma de como os educadores devem se preocupar com a forma de introduzir a música na Educação Infantil, porque nessa fase a criança está apta a aprender tudo quanto lhe for ensinado, e a música faz parte do seu dia a dia. Educar por meio do teatro, da dança, da música e das artes plásticas é um desafio que precisamos dividir com os profissionais dessas áreas, porque é preciso trabalhar a interdisciplinaridade, não deixando somente para o professor de Artes o trabalho desses elementos.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN nº 9394/96, normatiza o sistema brasileiro educacional, apontando para uma nova forma de enxergarmos o ensino de artes e enfatiza o seu valor pedagógico. Após os documentos orientadores pós LDBEN (BRASIL, 1996), como o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (BRASIL, 1998) e os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1999), a educação musical teve outro destaque. Esses documentos fornecem informações e orientações para os professores, enfatizando a necessidade de cada escola ter seu plano de ação para atuar no cotidiano.

É preciso ver a música como uma representação das visões de mundo, da interpretação da realidade por meio de sons.Para Vygotsky, a educação musical está diretamente ligada às condições histórico-culturais nas quais o sujeito está inserido. Essa reflexão nos permitirá estabelecer relações entre o processo de aprendizagem e a linguagem musical, fazendo-a contribuir para o desenvolvimento das crianças da Educação Infantil. Percebemos então que a dificuldade para se efetivar o ensino da música nas escolas de educação infantil é imensa, incluindo a ausência de docentes capacitados para atuar na área.

Para Kostiuk:

Os processos verbais adquiridos e dominados primeiro pela criança como atos sociais imediatamente tendentes à satisfação determinada necessidade se convergem, com a continuação, na sua forma interior e exterior, em fatores importantes do desenvolvimento da percepção e imaginação, em instrumentos do pensamento e de toda a organização e regulação do seu comportamento. (KOSTIUK, 2005, p. 21)

A musicalização auxilia na oralidade, porque a música é o tempo todo oralidade. Podemos perceber nas crianças como elas acompanham a música, o ritmo e por fim as palavras. Elas conseguem memorizar e cantam as músicas inteiras, aumentando pouco a pouco seu repertório de palavras, inclusive gesticulando ao som das canções.

A palavra começa a ser vista dando forma a atividade mental, aperfeiçoando o reflexo da realidade, criando novas formas de memória, de pensamento, de imaginação e também de ação, pois os sons que estão ao nosso redor expressam vida, energia, remetendo-nos a distinguir o som dos animais, fazendo-nos sentir a presença do outro.

Para Godoi:

O ambiente sonoro, assim como presença da música em diferentes e variadas situações do cotidiano fazem com que os bebês, e crianças iniciem seu processo de musicalização de forma intuitiva. Adultos cantam melodias curtas, cantigas de ninar, fazem brincadeiras cantadas, com rimas parlendas, reconhecendo o fascínio que tais jogos exercem. (GODOI, 2011, p.18)

 

Sendo assim, o educador precisa estar atento às diferenças culturais e às dificuldades de cada criança em relação às atividades apresentadas, fazendo diversas experiências para se conseguir chegar a um trabalho ideal em sala de aula, que contemple todas as crianças.

Conforme nos diz Oliveira:

Nesse sentido é importante ressaltar que é de responsabilidade do educador, enquanto um dos maiores modelos de imitação da criança, ser crítico e criativo na escolha do que apresentar a mesma, garantindo, com isso, que o trabalho seja interessante para ambos. (OLIVEIRA, 2009, p. 5)

O Desenvolvimento da Aprendizagem

Ao pensar na perspectiva construtivista, temos a teoria de Vygotsky que se configura sócio-construtivista, porque para ele o indivíduo se desenvolve a partir do meio social em que vive. Dessa forma, o homem visto como ser social não pode viver isolado, pois precisa do outro para aprender, crescer e evoluir, necessitando da interação com a sociedade na qual está inserido.

Para Vygotsky o aprendizado se dá na relação do sujeito com o outro, sendo definida como mediação, porque se desenvolve por meio de intervenções, e, acelera o desenvolvimento da aprendizagem. Vygotsky nos diz que a criança inicia seu processo de aprendizagem desde muito cedo, porque interage nos ambientes em que convive, por esse motivo está sempre em contato com novas informações. Pensando nesse contexto, a música pode somar e ampliar áreas do desenvolvimento.

Para Gardner, entender como a música é essencial ao ensino-aprendizagem, é importante analisar a teoria das inteligências múltiplas, pois a teoria de Gardner mostra que cada pessoa possui um grau e combinações diferentes das inteligências múltiplas. A teoria de Gardner mostra que cada pessoa possui um grau e combinações diferentes das inteligências múltiplas.

Segundo Gardner:

Uma inteligência implica na capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos que são importantes num determinado ambiente ou comunidade cultural. (GARDNER, 1995, p. 21).

 

Gardner nos apresenta sete inteligências que são: musical, corporal-cinestésica, lógico-matemática, linguística, espacial, interpessoal e intrapessoal. Essas inteligências tem a ver com o ambiente em que as pessoas são criadas e com os estímulos que recebem durante a infância.  Ele destaca que a inteligência musical está caracterizada na habilidade que a criança tem em reconhecer sons e ritmos.

Sabemos que a música estimula e auxilia no desenvolvimento da criança na escola. Essa linguagem aumenta a capacidade da criança, desperta o interesse e faz o percurso do aprender mais interessante.

Conforme nos diz Brito:

… objetos sonoros e também outros instrumentos poderão ser descobertos se as crianças tiverem a chance de contar com materiais variados e também com a orientação e o estímulo do educador ou educadora. (BRITO, 2003, p. 74).

 

O pensamento de Vygotsky aliado a esse aspecto nos faz entender que o intelecto é a soma de diferentes capacidades, então:

Cada capacidade pode ser desenvolvida independentemente, mediante um exercício adequado. A tarefa do docente consiste em desenvolver não uma única capacidade de pensar, mas muitas capacidades particulares de pensar em campos diferentes; não em reforçar a nossa capacidade geral de prestar atenção, mas em desenvolver diferentes faculdades de concentrar a atenção sobre diferentes matérias. (VYGOTSKY, LURIA, LEONTIEV, 1994, p. 108).

 

Assim, a criatividade estimulada pela educação musical desperta a capacidade da criança, suas funções e ações mentais, contribuindo para o processo de ensino-aprendizagem.

Segundo Penna:

Os instrumentos de percepção são necessários para que o indivíduo possa ser sensível à música, apreendê-la, recebendo o material sonoro/musical como significativo. A musicalização é um processo em que as potencialidades de cada indivíduo são trabalhadas e preparadas de modo a reagir ao estímulo musical. (PENNA, 2014, p. 21).

 

Para que possam ser desenvolvidas as atividades musicais é preciso envolver a criança nesse processo de musicalização e construção do conhecimento, pois o mesmo estimula e contribui para a formação física e emocional do indivíduo. Devemos sempre relacionar a música com outros tipos de arte, como a pintura, o teatro, a dança, entre outros. Inclusive associar o movimento à canção. É possível ainda exercitar a memória e o raciocínio rápido da criança.

Vygtsky afirma que:

… o aperfeiçoamento de uma função específica do intelecto influi sobre o desenvolvimento das outras funções e atividades só quando estas tem elementos comuns. (VYGOTSKY, LURIA, LEONTIEV, 1994, p. 108).

 

Vemos nos estudos de Sacks (2007) que ele reforça o pensamento de Vygotsky quanto aos efeitos positivos do movimento musical no cérebro, porque acredita que a música faz inferências e amplia a plasticidade cerebral, modela e potencializa as funções neurais.

Sendo assim Sacks diz que:

Nós, humanos, somos uma espécie musical além de linguística. Isso assume muitas formas. Todos nós (com pouquíssimas exceções) somos capazes de perceber música, tons, timbre, intervalos entre notas, contornos melódicos, harmonia e, talvez no nível mais fundamental, ritmo. Integramos isso tudo e “construímos” a música na mente usando muitas partes do cérebro. (SACKS, 2007, p. 08).

 

Ao associarmos a aprendizagem musical ao aprendizado qualitativo, atingimos áreas cognitivas, emocionais e motoras. Nessa reflexão Vygotsky diz que a escola não pode restringir o ensino às artes visuais, pois estará podando a criança do pensamento abstrato. Ele ainda acrescenta que:

A criança atrasada abandona a si mesma, não pode atingir nenhuma forma revolucionária de pensamento abstrato, e, precisamente, por isso, a tarefa concreta da escola consiste em fazer todos os esforços para encaminhar a criança nessa direção, para desenvolver o que lhe falta. (VYGOTSKY, LURIA, LEONTIEV, 1994, p. 113).

 

Ao incentivarmos a criança a ouvir a música, ativamos seu sistema auditivo, motor e emocional. Podemos observar que a criança ao ouvir sons ou ritmos musicais, mesmo que sem entender acaba por fazer leves movimentos com a cabeça e com o corpo.  A música leva a criança a uma viagem em sua criatividade, percorrendo caminhos imaginários. E Sacks acrescenta que:

A base disso é a extraordinária tenacidade da memória musical, graças à qual boa parte do que ouvimos nos primeiros anos de vida pode ficar “gravado” no cérebro pelo resto de nossa existência. O fato é que o nosso sistema auditivo, nosso sistema nervoso, é primorosamente sintonizado para a música. (SACKS, 2007, p. 08)

 

Quando vivenciamos a música fazemos inferências significativas, e, as crianças desenvolvem uma memória de longa duração. A música faz nossa mente reconhecer melodias, harmonias e ritmos simultaneamente, trazendo contribuições e benefícios para o crescimento da criança e a consolidação da aprendizagem

Interagindo com a Linguagem Musical

Quando a criança tem acesso a linguagem musical é capaz de desenvolver conhecimentos e aperfeiçoá-los através do tempo. Vygotsky (1994), diz que a criança pode desenvolver sua zona de desenvolvimento proximal potencial com o auxílio de um adulto. Sendo assim possível a observação dos processos de desenvolvimento já produzidos. Por isso, oferecer conhecimentos musicais para a criança pode torná-la, no futuro, uma amante da música e dos instrumentos musicais.

Com isso, a criança passa a se perceber e integrar-se à sociedade, porque a linguagem musical contribui para seu crescimento e interação com o ambiente e a sociedade. Os valores musicais também são transmitidos de geração em geração, pois a música está presente desde as épocas mais remotas, trazendo benefícios e bem estar a todos. Lembremos das músicas vivenciadas com o manuseio de pandeiros, maracás, chocalhos, entre outros. Esses sons proporcionam o aprendizado e o desenvolvimento da coordenação motora, da concentração, da linguagem entre outros aspectos.

Para Gordon (2000) o período de internalização dos conhecimentos musicais contribuem para desenvolver a fala e valoriza as interações com o outro.

Segundo Gordon:

É o período mais importante da aprendizagem […] quando a criança aprende através da exploração e a partir da orientação não-estruturada que lhe proporcionam os pais e outras pessoas que dela cuidam. Aquilo que a criança aprende durante estes primeiros cinco anos de vida forma os alicerces para todo o subsequente desenvolvimento educativo. (GORDON,  2000, p. 03)

 

O espaço escolar é um ambiente de aprendizagem, no qual, cabe ao professor estimular as crianças ao aprendizado e, quando esse aprendizado se dá de forma prazerosa é muito mais rápido para a criança entender o que está fazendo ali, naquele momento.

Para Duarte:

Cabe ao ensino escolar, portanto, a importante tarefa de transmitir à criança os conteúdos historicamente produzidos e socialmente necessários, selecionando o que desses conteúdos se encontra, a cada momento de processo pedagógico, na zona de desenvolvimento próximo. Se o conteúdo escolar estiver além dela, o ensino fracassará porque a criança é ainda incapaz de apropriar-se daquele conhecimento e das faculdades cognitivas a ele correspondentes. Se, no outro extremo, o conteúdo escolar se limitar a requerer da criança aquilo que já se formou em seu desenvolvimento intelectual, então o ensino torna-se inútil, desnecessário, pois a criança pode realizar sozinha a apropriação daquele conteúdo e tal apropriação não produzirá nenhuma nova capacidade intelectual nessa criança, não produzirá nada qualitativamente novo, mas apenas um aumento quantitativo das informações por ela dominadas. (DUARTE, 2001, p. 98).

A música está sempre presente na cultura humana, e é imprescindível para a formação da criança, pois a ajudará quando chegar a fase adulta, fazendo-a refletir por conta própria, exercendo sua criatividade.

Ela não substitui a educação formal, mas sem ela o ser humano não atinge sua totalidade, pois ela desenvolve em cada indivíduo a motricidade e a sensorialidade por meio do ritmo e do som.

 

A Educação Infantil e a Música

As crianças desde muito cedo tem uma relação afetiva com a música e apresentam reações de prazer ao ouvi-la, pois gesticulam ao ritmo da canção que escutam.

Mesmo antes de aprender a falar, expressam-se pelos movimentos, sons e ritmos. Esses diferentes sons são muito importantes, pois fazem descobertas e exploram tudo o que é diferente.

Para Oliveira:

Quando a criança escuta uma música, ela se concentra e tende a acompanhá-la, cantando e fazendo movimentos com o corpo. Isso desenvolve o senso do ritmo nos pequeninos. Aprendendo a ouvir, a criança pode repetir uma música, recriando-a. É importante que nós, educadores, valorizemos o ato de criação da criança, para que ele seja significativo no seu contexto de desenvolvimento. (OLIVEIRA,  BERNARDES E RODRIGUEZ, 1998, p. 104).

 

O Referencial Curricular Nacional Para a Educação Infantil (1998) mostra a importância de se trabalhar na pré-escola com a educação musical, pois é um excelente meio para desenvolver a expressão, o equilíbrio e a auto-estima.

Brasil (1998):

Ouvir música, aprender uma canção, brincar de roda, realizar brinquedos rítmicos, jogos de mão, são atividades que despertam, estimulam e desenvolvem o gosto pela atividade musical, além de atenderam às necessidades de expressão que passam pela esfera afetiva, estética e cognitiva. (BRASIL, 1998).

 

Sabemos que a música na educação infantil é um grande benefício para a formação e o desenvolvimento da personalidade da criança, pois quando a criança tem acesso à música ela cria possibilidades de interpretação e melhora a audição. Ela desperta na criança o gosto pela música e a habilidade de captar a linguagem musical, expressando-se através dela. Com isso o professor tem a responsabilidade de ser crítico e criativo quando fizer a escolha do repertório musical que irá trabalhar com as crianças, para garantir que o trabalho seja prazeroso para ambos.

A Formação Docente

A formação do professor precisa valorizar paradigmas que promovam professores reflexivos, que assumam a responsabilidade de investirem em seu próprio desenvolvimento profissional. Para Cunha (2001) o professor constrói seu próprio conhecimento em seu cotidiano, não só no âmbito escolar, mas de todo seu conhecimento de vida. Quando falamos em educação musical, sabemos da importância que a música tem na educação infantil, pois há desafios, conteúdos e metodologias que conduzem o educador musical nesse caminho. Devemos ter clareza sobre o ensino da música, pois o mesmo deve ser pensado como uma das formas de conhecimento que integram a formação humana, devendo ser valorizado como uma disciplina.

Para Penna (2007), falta a formação pedagógica nos currículos de licenciatura em música, pois são muito técnicos. E para se trabalhar com a educação infantil é preciso além da experiência, a formação pedagógica, não basta ser músico para se atuar na educação infantil. Portanto, para um ensino musical de qualidade é necessário que as instituições de graduação e pós-graduação invistam em seus cursos para viabilizar a efetiva presença da música na educação infantil, porque é de suma importância ampliar o conhecimento cultural e histórico das crianças.

 

 

Considerações Finais

 

Em nosso trabalho foi possível observar como a música é importante em todas as idades, mas, principalmente na educação infantil. A música é muito motivante, ajudando as crianças a se desenvolverem em áreas como interação social, facilidade de raciocínio, coordenação motora, entre outros. Conhecemos a música como um universo que conjuga expressões de sentimentos, ideias e valores culturais, facilitando a comunicação do indivíduo com ele mesmo e com o meio em que vive, pois é considerada um facilitador do processo ensino-aprendizagem.

A música na educação auxilia na percepção, estimula a memória e a inteligência, explorando ainda habilidades linguísticas e lógico-matemáticas. Ela ainda favorece a inclusão de crianças portadoras de necessidades especiais, por ser uma forma lúdica e de livre expressão, pois é apresentada à criança sem pressão, nem cobranças. Relacionar a música com outras disciplinas melhora a qualidade do ensino, motiva o aluno e ele aprende melhor.

Na educação infantil, a música é uma parceria que deu certo, pois deixa o ambiente leve, alegre e permite que a criança se expresse brincando, desenvolvendo seu vocabulário. As brincadeiras de rodas, canções, jogos musicais, entre outras atividades musicais permitem a criança se transformar em um instrumento vivo, usando sua voz e seu corpo, tendo a oportunidade de integrar-se ao grupo, desenvolvendo diferentes funções psicológicas. Assim, a música tem muito a contribuir com sua expressividade, fazendo com que a criança adquira a leitura do ser individual e social, transformando suas relações interpessoais.

As experiências vividas através da música são muito gratificantes e constituem um elemento inestimável para a formação e o desenvolvimento da criança. Avaliando as questões tratadas nesse artigo percebemos a necessidade de um olhar mais atento para a formação dos profissionais da educação infantil, levando-os a terem noções musicais amplas, visando a inclusão da música no processo de aprendizagem. Esse estudo pode despertar novos olhares e reflexão a respeito da qualidade e do compromisso da educação com a aprendizagem das crianças, pois o desenvolvimento integral da criança é nosso objetivo central.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

BRASIL, Ministério da Educação e Cultura. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9394/1996). Brasília: MEC, 1996, artigo 29.

BRASIL, Ministério da Educação e Cultura. Base Nacional Comum Curricular da Educação Infantil (BNCC), Brasília: MEC, 2017.

BRASIL, Ministério da Educação e Cultura. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI), Brasília: MEC, 2010, p.13, 25, 29.

BRITO, Teca Alencar. Música na educação infantil. São Paulo: Peirópolis 2003, p. 74.

CUNHA, M.I. O bom professor e sua prática. 13ª Ed. Campinas: Papirus, 2001.

DUARTE, N. Educação escolar: teoria do cotidiano e a escola de Vygotsky. 3ª Ed., Campinas, São Paulo: Autores Associados, 2001, p. 98.

GARDNER, Howard. Estruturas da mente: a Teoria das Múltiplas Inteligências. Porto, 1995, p. 21.

GODOI, L. R. A importância da música na educação infantil. Trabalho de conclusão de curso de Pedagogia da Universidade de Londrina, 2011, p. 18. Disponível em

GORDON, E. E. Teoria da Aprendizagem Musical: competências, conteúdos e padrões. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2000, p. 3.

KOSTIUK, G. S. Alguns aspectos da relação recíproca entre educação e desenvolvimento da personalidade. In: LEONTIEV, A. N.; VYGOTSKY, L. S.; LURIA, A. R. e outros. Psicologia e pedagogia: bases psicológicas da aprendizagem e do desenvolvimento. Tradução Rubens Eduardo Frias. São Paulo: Centauro, 2005, p. 21.

OLIVEIRA, M. de S. L.;BERNARDES, M. J.; RODRIGUEZ, M. A. M. A música na creche. In: ROSSETI-FERREIRA, M. C. ET all (Orgs). Os fazeres na educação infantil. São Paulo: Cortez, 1998, p. 103-104.

OLIVEIRA, R. L. G. A inserção da música na educação infantil e o papel do professor. Curitiba: EDUCERE, 2009, p. 5.

PENNA, Maura. Música(s) e seu ensino. 2ª Ed. Porto Alegre: Sulina, 2014, p. 21.

SACKS, Oliver. Alucinações Musicais: Relatos sobre a Música e o cérebro. São Paulo: Cia das Letras, tradução de Laura Teixeira Motta, 2007, p. 8.

VYGOTSKY, L. S.; LURIA, A. R.; LEONTIEV, A. N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem.  5ª Ed. São Paulo: Ícone, 1994, p. 108-113.

 

 

Suely Novais Pinter – Graduada em Licenciatura em Musica; Especializada em Psicopedagogia; Especializada em  Musicalização Infantil.    Atualmente é professora de Musicalização Infantil.

 

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